terça-feira, 31 de maio de 2011

Humanização na atenção a saúde do idoso


Embora o tema “humanização” se faça presente em várias discussões e que, inclusive, tornou-se diretriz da tão aclamada Política Nacional de Humanização, esses pacientes enfrentam, ainda, vários obstáculos para assegurar alguma assistência à saúde. À desinformação e ao desrespeito aos cidadãos da terceira idade somam-se a precariedade de investimentos públicos para atendimento às necessidades específicas dessa população, a falta de instalações adequadas, a carência de programas específicos e de recursos humanos.cotidianamente, os idosos brasileiros
vivem angústias com a desvalorização das aposentadorias e pensões, com medos e depressão, com a falta de assistência e de atividades de lazer, com o abandono em hospitais ou asilos, além de enfrentar, ainda, todo o tipo de obstáculos para assegurar alguma assistência por meio de planos de saúde. Além disso, atualmente discute-se a necessidade de humanizar o cuidado, a assistência e a relação com o usuário do serviço de saúde. O SUS instituiu uma política pública de saúde que, apesar dos avanços acumulados, hoje ainda enfrenta fragmentação do processo de trabalho e das relações entre os diferentes profissionais, fragmentação da rede assistencial, precária interação nas equipes, burocratização e verticalização do sistema, baixo investimento na qualificação dos trabalhadores, formação dos profissionais de saúde distante do debate e da formulação da política pública de saúde, entre outros aspectos tão ou mais importantes do que os citados aqui, resultantes de ações consideradas desumanizadas na relação com os usuários do serviço público de saúde (Oliveira e col., 2006).
Apesar da intensa preocupação com o bem-estar da população idosa, evidenciada pelo leque de políticas, estatutos e programas que asseguram os direitos nos mais diversos aspectos que atingem as necessidades dessa crescente população, especialmente na área da saúde, englobando tanto o lado físico como o emocional, existem inúmeros obstáculos impedindo que essas políticas possam, de fato, ser concretizadas, o que também impede o cumprimento da equidade, integralidade e universalidade, diretrizes norteadoras do SUS.É preciso insistir na cobrança, por parte dos gestores do SUS, em providenciar os meios e os fins para que os idosos possam desfrutar dos seus direitos, tão bem colocados nos estatutos, políticas e programas dedicados a essa clientela. A capacitação profissional e o investimento nas estruturas físicas dos locais de atendimento, necessários à atenção ao idoso, devem contribuir para um viver mais saudável a esses indivíduos, sendo também nossa responsabilidade através da reivindicação do direito a um
atendimento humano.

5 comentários:

  1. Cotidianamente, os idosos brasileiros
    vivem angústias com a desvalorização das aposentadorias e pensões,com a falta de assistência e de atividades de lazer, com o abandono em asilos, além de enfrentar,ainda, todo o tipo de obstáculos para assegurar alguma assistência por meio de planos de saúde. À desinformação, ao preconceito e ao desrespeito aos cidadãos da terceira idade somam-se a precariedade de investimentos públicos para atendimento às necessidades específicas da população idosa (Parahyba e Simões, 2006).
    O profissional da saúde é o responsável pela
    melhoria da qualidade da assistência e consequente satisfação do usuário; entretanto, deve-se pensar na produção de cuidados e práticas humanizadoras levando-se em conta as especificidades desse ofício que envolve a utilização intensiva de capacidades físicas e psíquicas, intelectual e emocional, incluindo troca de afetos e de saberes. O trabalho em saúde pressupõe patrimônio e demanda necessariamente a socialização, a cooperação e a conformação de grupos (Hennington, 2008).
    Para Martins e colaboradores (2007), além da
    saúde, a questão social do idoso, face à sua dimensão,exige uma política que amenize a cruel realidade daqueles que conseguem viver com idade
    avançada. Após tantos esforços realizados para
    prolongar a vida humana, seria lamentável não se
    possibilitar as condições adequadas para vivê-la
    com dignidade.

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  2. É necessário que haja programas, ações, políticas e assistências para a saúde do idoso. Embora o tema humanização se faça presente esses pacientes enfrentam vários obstáculos como o desrespeito e a desvalorização das aposentadorias e pensões, abandonas em asilos, falta de uma assistência entre outros. é impontante que tenhamos amor e carinho ao tratar um idoso. assim, podemos fazer uma reflexão sobre a humanização em diversos aspectos na atenção da saúde do idoso.

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  4. Com o aumento da população idosa, torna-se cada vez mais frequente a presença de idosos nos serviços de saúde, por este fato gerou-se um impacto marcante nos serviços de saúde, sendo as políticas existentes ineficientes se não priorizarem a demanda de uma sociedade envelhecida. Há necessidade de novos planejamentos voltados para assistência ao idoso, definir novos espaços nas diversas estruturas sociais para as pessoas idosas e reforçar o debate sobre as atribuições do Estado.

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    1. Não só necessário que o estado intervenha, como também a conscientização e a imposição da ética dos profissionais da área da saúde, pois há casos e mais casos de desleixo e desrespeito com relação aos idosos.

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