terça-feira, 31 de maio de 2011

Profissionais de Enfermagem defendem parto humanizado



Dados do Ministério da Saúde mostram que o aumento da mortalidade materna está vinculado ao crescimento da quantidade de cesarianas. A propagação do parto normal é apontada como alternativa para reduzir o índice. A Organização das Nações Unidas (ONU) definiu como meta dos Objetivos do Milênio a redução de 75% da mortalidade materna no Brasil até 2015. Normas e diretrizes implantadas para a humanização do parto, ao longo dos 20 anos do Sistema Único de Saúde (SUS), têm contribuído para a redução. Entretanto, dados do Ministério da Saúde revelam a dificuldade de alcançar a proposta da organização internacional. Em 2005, a razão de mortalidade materna (RMM) foi de 74,7 óbitos por 100 mil bebês nascidos vivos.
Uma agravante é o aumento expressivo de cesarianas realizadas no País. Na contramão do crescimento de partos cirúrgicos, que causam mais mortes, a Associação Brasileira de Obstetrizes e Enfermeiros Obstetras (ABENFO) mobilizou profissionais da área para defender o parto humanizado.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a morte materna é aquela provocada por problemas ligados à gravidez ou por ela agravados, no período da gestação ou até 42 dias após o parto. Segundo estimativa da OMS, são registrados 585 mil falecimentos desta natureza por ano. Ou seja, uma morte materna a cada minuto. No Brasil, a criação do Pacto pela Redução da Mortalidade Materna e Neonatal, em 2004, provocou avanços significativos.
Entre eles, a implantação de mecanismos para prevenção, como os Comitês de Mortes Maternas, as políticas de humanização do parto e a obtenção de dados mais precisos sobre as causas dos óbitos maternos. A ampliação da cobertura dos exames pré-natal no País é outro dado positivo. Quase 100% (99%) das mulheres brasileiras tiveram acesso ao pré-natal em 2006, contra 86% em 1996.
Na s úl t ima s dé c ada s, o Br a s i l v i veu uma a lteração cultural na concepção do parto, com a substituição da casa pelo hospital, da partir pelo médico, com a incorporação de avanços tecnológicos e a crescente utilização de intervenções desnecessárias decorrentes das cirurgias de cesáreas. Prof i s s iona i s de s aúde passaram a observar a gestação e o parto como patologias, e não, processos fisiológicos.A proposta consiste em oferecer à mãe a autonomia para escolher o tipo de parto, quem a assiste e onde quer que seu filho nasça. Modelos de atenção ao parto e nascimento menos intervencionistas e baseados no acompanhamento da mulher, no estímulo à sua participação ativa e no suporte emocional têm sido implantados, no País, na tentativa de retomar no local em que a mulher se sinta segura, em um ambiente onde toda a atenção e cuidados estejam concentrados nas necessidades e segurança da parturiente e de seu bebê (OMS, 1996).

3 comentários:

  1. A gestação é o momento mais especial na vida de muitas mulheres, poís elas vivem intensamente cada momento do desenvovimento do seu bebê.o profissional deve respeitar todas as fases desse momento, desde a consulta pré-natal até o momento do parto. exitem no Brasil as chamadas casas de parto que tem por objetivo, fazer do parto um acontecimento menos traumatizante e o mais natural possível,lugar onde tem uma estrutura fisíca adequada e acolhedora, onde a mulher tem as suas vontades respeitas, desde a escolha do acompanha ate a posição do momento do parto,realidade que não se visualiza nas maternidades, poís, as mesmas não dispõem de uma estrutura fisica que de suporte a humanização do parto de forma integral, os profissionais fazem a parte deles mais cabe aos responsavéis governamentais a manutenção fisica das maternidades públicas.

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  2. O parto é o momento de transição mais desejado e ao mesmo tempo mais temido pelas gestantes. O processo do parto é um momento vivido com muita ansiedade, que vem representado de várias formas, devendo ser reconhecido pela equipe de enfermagem que a assiste, no sentido de dar o apoio necessário para que a mãe consiga superar todas as dificuldades, como, ansiedade e medo, que podem surgir neste momento.De acordo com Queiroz (1996), a assistência prestada às parturientes é um fator que interfere no medo do parto. A ciência e a medicina evoluíram mais alguns profissionais de saúde ainda não desenvolveram o aspecto humano ao lidar com os clientes, especialmente com as parturientes.
    Na oportunidade, verifico que a assistência humanizada ao parto necessita ser mais explorada no universo da área de saúde, tendo em vista que a realidade reflete um distanciamento entre a equipe de saúde, a parturiente e a família.

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  3. o parto é a saída do feto do útero materno.é o início da vida de um indivíduo fora do útero. sendo assim um dos momentos mas esperado, desejado e temidos pelas geStantes. é preciso que haja um acompanhamento completo a todas as gestantes antes e após o parto para que assim possa haver um parto humanização na hora do nascimento de uma criança. sempre dando melhor privacidade, ambiente de respeito e apoio a todas as gestantes.

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